O diretor de uma escola na cidade de Sorocaba, São Paulo, está sendo vítima de perseguição por ter agido em defesa de meninas na escola que dirige, que se sentiram desconfortáveis com a presença de um aluno do sexo masculino que se identifica como mulher e queria utilizar o banheiro feminino.
De acordo com a Gazeta do Povo, o diretor ofereceu ao aluno a opção de utilizar outro banheiro, neutro, usado pelos funcionários da escola, a fim de evitar o constrangimento das alunas, mas ele se recusou e insistiu em usar o banheiro feminino.
Militantes de esquerda então se mobilizaram para fazer um protesto contra o diretor por conta da proibição, alegando preconceito, inclusive com cartazes onde rotulava e prometia colocar “fogo”em quem discorda da ideologia de gênero defendida pelo movimento LGBT.
“Fogo nos: racistas, fascistas, homofóbicos, gordofóbicos, machistas, transfóbicos, capacitistas, intolerantes religiosos, xenofóbicos e qualquer outro babaca”. dizia o cartaz.
Com o protesto, o diretor acabou sendo afastado de suas funções, mesmo não havendo qualquer lei que obrigue uma escola a aceitar trans em um banheiro que não corresponda ao seu sexo biológico.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que a situação deve ser analisada individualmente.
“A Pasta ressalta que a decisão do uso do banheiro acontece através do Conselho Escolar e de forma individualizada, tratando caso a caso”, diz o treco de uma nota divulgada após a repercussão do caso.
“É orientado que com novas demandas o conselho se reúna imediatamente para mediar a situação de forma que toda comunidade escolar seja acolhida e respeitada”, conclui o documento.